O 4º Fórum discutiu como a comunidade e as universidades podem se envolver no enfrentamento da questão penitenciária, com vistas a contribuir para a efetivação da execução penal em termos de defesa de direitos e garantias, civilidade e minimização das condições de vulnerabilidade dos grupos sociais envolvidos, especialmente presos(as), servidores penitenciários e familiares de ambos os segmentos. Também teve o propósito de criar uma agenda propositiva de ações dentro desse universo.

A programação contou com palestras e debates sobre a participação da comunidade na execução penal, experiências de projetos de remição da pena pela leitura e o panorama revelado pelo Censo Nacional de Práticas de Leitura no Sistema Prisional. Também houve mostra com a exibição de pôsteres das boas práticas adotadas no âmbito da Susepe e a Exposição ArtLibertamente, de quadros pintados por pacientes do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) Maurício Cardoso.

A superintendente adjunta da Susepe, Deisy Vergara, destacou que uma das missões da instituição é a reinserção social. Além disso, ressaltou a relevância da aproximação com instituições de ensino, como a UCPel, visando aprimorar, ampliar e qualificar as ações desenvolvidas no sistema prisional. “Espaços de diálogo como esse permitem que conheçamos as práticas que estão sendo desenvolvidas e contribuem para qualificar o tratamento penal”, ressaltou.   

“O propósito do tratamento penal é fazer as pessoas privadas de liberdade retornarem ao convívio social com solidez para que não reincidam no crime e, consequentemente, voltem ao sistema prisional”, completa a chefe da Divisão de Projetos, Gerenciamento e Articulação de Políticas Públicas da SSPS, Letícia Coimbra. Ela reforça, ainda, que oferecer novas possibilidades aos apenados impacta também as suas famílias e a sociedade como um todo.