Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria de

Sistemas Penal e Socioeducativo

Início do conteúdo

Direito à educação para crianças e adolescentes migrantes ou refugiados é tema de encontro no Ministério Público do RS

Publicação:

WhatsApp Image 2022 06 02 at 10 49 19
A atividade ocorreu de forma híbrida, na sede do MPRS, em Porto Alegre, com transmissão pelo canal do YouTube da instituição

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões (Caoijefam), realizou, na tarde da última quarta-feira (1), o evento "Direito à Educação para Crianças e Adolescentes Migrantes ou Refugiados". A atividade ocorreu de forma híbrida, na sede do MPRS, em Porto Alegre, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da instituição.

O evento contou com o apoio da Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS) e da Secretaria da Educação (Seduc), além do Ministério Público Federal, da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Fórum Permanente de Mobilidade Humana do RS.

Com o objetivo de sensibilizar os sistemas de ensino para a inclusão escolar de migrantes e refugiados e oferecer informações relevantes sobre o fenômeno migratório na contemporaneidade, também foram compartilhadas as experiências e vivências dessa parcela da população no contato com as redes de ensino gaúchas. Além disso, foram abordadas as linhas de trabalho das instituições que regulamentam e executam a política de Educação no Estado em relação ao acolhimento e à inclusão de crianças e adolescentes migrantes ou refugiados.

Em sua fala na abertura do encontro, a promotora de Justiça e coordenadora do Caoijefam, Luciana Cano Casarotto, destacou que “temos que abraçar essa causa. É um tema difícil de tratar, mas que precisamos dar visibilidade. O momento é muito importante para avançarmos na inclusão de todas as crianças e adolescentes refugiadas ou migrantes na escola".

A programação contou com três painéis. O primeiro tratou do fenômeno da mobilidade humana e suas repercussões no Estado, com participação da coordenadora do GT para Crianças e Adolescentes Migrantes do Fórum Permanente de Mobilidade Humana do RS e professora da UPF, Patrícia Grazziotin Noschang, e da referência técnica para Migração, Refúgio e Trabalho Análogo à Escravidão da SJSPS, Bibiana Waquil Campana, com coordenação de Charles Santos, da UNCME.

Bibiana destacou que essa população, no Brasil e no Rio Grande do Sul, vive em um contexto de grande vulnerabilidade e que, quando se fala de mobilidade humana, são abordados principalmente dois grupos: os imigrantes e os refugiados. “Na última década, vivemos um aumento progressivo no número de pessoas migrantes e refugiadas e uma diferenciação e complexificação dos contextos em que essas pessoas estão. Isso potencializa as situações de vulnerabilidades que elas chegam aqui, quando buscam acolhida e apoio do poder público e da sociedade civil gaúcha”, disse Bibiana.

WhatsApp Image 2022 06 02 at 10 49 19 (1)
A diretora do Departamento de Justiça da SJSPS, Daniela Rezner, disse que a discussão acerca do atendimento e da integração de crianças e adolescentes migrantes na comunidade escolar é desafiadora, mas também é importante para a garantia do direito de frequentar a escola. “Este caminho precisa ser trilhado com um olhar de acolhimento, com esses estudantes que estão migrando pelos mais diversos motivos, mas que carregam consigo valores culturais, trajetórias pessoais, contextos sociais próprios e diversos. A compreensão dessas trajetórias e o respeito à diversidade precisam ser diretrizes de sensibilização da comunidade escolar na qual esses estudantes estão inseridos”, afirmou Daniela.

O segundo painel, coordenado pela promotora regional da Educação de Porto Alegre, Ana Cristina Ferrareze, e pelo procurador da República, Fabiano de Moraes, teve como tema trajetórias, expectativas e boas práticas dos migrantes em torno da política de educação, e contou com palestras do angolano Januário Gonçalves, presidente Associação dos Angolanos do RS, da venezuelana Blanca de Hernandez, promotora comunitária do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados de Porto Alegre, e do venezuelano Hector Lopes, secretário para Migrações da Cruz Vermelha do RS.

O último painel tratou da inserção dos estudantes migrantes e refugiados na política de educação, com a participação da presidente do Conselho Estadual de Educação, Fátima Ehlert, da chefe da divisão de Inclusão Educacional e Transversalidade da Seduc, Sheron dos Santos, e da presidente da Undime, Maristela Guasselli. A mediação foi realizada pela coordenadora do Caoijefam, Luciana Casarotto, e pelo integrante da UNCME, Charles Santos.

*Com informações do MPRS.

Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo