Adolescentes e jovens adultos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) realizaram na última terça e quarta-feira (12 e 13/12), em sete regionais do Estado, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL). Aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o exame avalia o desempenho dos participantes que concluíram o ensino médio. 

Na edição deste ano, 46 socioeducandos participaram das provas em unidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Santo Ângelo e Uruguaiana. O Enem PPL é aplicado desde 2010, para pessoas privadas de liberdade ou em cumprimento de medida socioeducativa, que inclua privação de liberdade. 

“A educação transforma vidas. O trabalho conjunto realizado pela Fase e pela Secretaria da Educação abre portas para novos futuros e o papel da socioeducação é justamente criar oportunidades. O Enem PPL pode ser caminho para a universidade”, destacou o presidente da Fase, José Stédile. 

De acordo com a chefe do Núcleo de Escolarização da Fase, Jamille Cordeiro, o exame pode ter reflexo positivo no futuro dos jovens e na gestão do sistema socioeducativo. Ela cita a redução da reincidência, o combate à exclusão social e o aumento dos índices de escolaridade como benefícios das ações destinadas à escolarização. “O Enem PPL é uma importante ferramenta de inclusão. A parceria entre o Inep, o Ministério da Educação e a Fase é essencial para o sucesso e a expansão das iniciativas”, afirmou. 

Na Fase, os socioeducandos se preparam para as provas estudando nas escolas anexas às unidades. Durante a aplicação, nesta semana, os adolescentes foram acompanhados por servidores da Fase e da Secretaria da Educação nos espaços escolares. 

A partir de critérios utilizados pelo Ministério da Educação, o exame permite o acesso ao ensino superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).  

O teste tem o mesmo formato da avaliação do Enem convencional, com 180 questões objetivas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e redação. A diferença entre o modelo tradicional e o PPL é o local de aplicação das provas, com o segundo sendo aplicado dentro das unidades penitenciárias e socioeducativas do país. 

^{Texto: Saul Teixeira/Ascom Fase} 

^{Edição: Ascom SSPS}