Canil da PASC encerra a série sobre os Cães no Sistema Prisional
Trabalho do agente Luiz Patrício Lopes é o destaque dessa sexta-feira
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A Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC) possui mais de 30 cães de rede. Eles auxiliam na vigia dos muros da casa prisional, na busca por entorpecentes e na intervenção, em caso de necessidade. A Pasc é uma das maiores casas prisionais do RS e a segurança conta com cães de intervenção e cães de detecção de narcóticos. Os animais são das raças Pastor Belga Malinois, Pastor Alemão, Rottweiler, e Labrador.

O canil é comandado pelo policial penal e cinotécnico Luiz Patrício Lopes. O servidor tem formação no Curso Básico de Cinotecnia – realizado pela Susepe, e pela Seção de Cães de Guerra – oferecido pelo 3º Batalhão de Polícia do Exército. Ele já participou de vários seminários e/ou cursos na área de adestramento, inclusive fora do Estado. Apaixonado por cães, Lopes disse que percorre um trajeto de cerca de 50 quilômetros, quase que diariamente para tratar dos animais na Pasc. "O canil da Pasc está sempre pronto pra atuar nas mais diversas situações, e está sempre de portas abertas para treinamentos e troca de conhecimento com outras instituições, para aprimorar a técnica de detecção de ilícitos, especialmente", disse.
Luck é um labrador de um ano e meio, foi recebido como doação e hoje é um cão de detecção de narcóticos. "Já fez diversas apreensões dentro e fora dos muros da pasc. Seguidamente, Luck, com seu condutor, busca ilícitos fora dos muros da Pasc, e por vezes, já localizou também ilícitos que tentaram arremessar para o interior da penitenciária", informou Lopes. Já o cão Hulk é um pastor alemão, que, aos três anos e meio, atua em intervenções e revistas na Pasc.
Oa cães trabalhadores também têm a missão de auxiliarem os servidores em atividades de movimentação e escolta de presos nos corredores e nas galerias da casa prisional, além de darem suporte na escolta extensiva pelo estabelecimento penal. Todos os cães da PASC possuem carteira de vacinação em dia e controle de vermes e parasitas. Para os cuidados dos animais, há uma sala dedicada exclusivamente para armazenar rações, medicamentos e materiais de adestramento, bem como um tanque para higienizar e proporcionar melhores cuidados com os cães.
A casa prisional dispõe também de um Bite Suit (roupa de couro) para treinarem os animais, que poderão ser destacados para fazerem intervenções. Além disso, a sala possui uma jaula para cuidados especiais com os cachorros doentes e que precisam de acompanhamento, materiais para banho e secagem do pêlo e caixas para transporte. Lopes ressalta que "os cães estão sempre à disposição das casas prisionais da 9ª Delegacia Penitenciária Regional, caso precisem deles para um auxilio em atividades prisionais distintas ou específicas".
Além disso, ele frisa a importância de restabelecer Cursos Básicos de Cinotecnia (CBC), para que esse tipo de conhecimento seja difundido e essas atividades sejam expandidas para outras casas prisionais, já que um cão policial representa economia aos cofres públicos dada a habilidade para trabalhos de farejo. Conforme Lopes, o trabalho técnico com cães na Susepe tem como precursor o agente penitenciário cinófilo Sílvio Chamorra, da 2ª Delegacia Penitenciária Regional (Santa Maria).