Pioneiro, canil de Santa Maria é o tema do 3º episódio da série sobre os "Cães no Sistema Prisional"
Presídio Regional conta com estrutura organizada para trabalho canino, há mais de dez anos
Publicação:

Uma das mais tradicionais e antigas estruturas de uso de cães no sistema prisional do Estado, as atividades do Canil, na 2ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), iniciaram no ano de 2009, no Presídio Regional de Santa Maria (PRSM), sob o comando do agente penitenciário e cinotécnico Silvio da Silva Chamorra. Em 2013, foi construído o canil da Penitenciária Estadual de Santa Maria (PESM), ampliando e investindo nas atividades de intervenção e faro, com cães para o trabalho prisional. Os cães empregados no canil são aqueles que possuem aptidão e treinamento para atividades e funções especificas, como intervenção prisional e faro, ou ambos.
O canil da região é pioneiro por empregar cães de trabalho nos presídios. "Antes, os cães das redes eram cuidados por presos", disse Chamorra. Atualmente, o canil conta com um plantel de, aproximadamente, 25 cães, sendo os principais empregos: guarda externa, faro e intervenção. Utiliza as raças Fila Brasileiro, Pastor Alemão, Pastor Belga de Malinois, Rotweiller, Dogo Argentino, Pastor Holandes e Labrador.
No âmbito da 2ª DPR, os cães são operados pelos servidores habilitados Jocelino Mendes Flores, Leandro Voltz, Gilson Daniel Prade, Fernando da Silva Paust e Mariana Silva de Freitas, única mulher a trabalhar com cães na Susepe.

As atividades de rotina são: alimentação, higienização dos cães (rasqueamento e banho), vacinação, desvermifugação, higienização do ambiente (controle de pragas e parasitas), limpeza do canil e dos boxes, reparo nas redes, nas casas dos cães e nos boxes. As atividades desenvolvidas são: treinamentos internos, treinamentos nas instituições parceiras na área de segurança (Receita Federal, Força Aérea Brasileira, Ala 4), operações nas casas prisionais, operações junto às instituições parceiras (Receita Federal, Policia Civil, Exército Brasileiro, Policia Rodoviária Federal, etc), bem como participação em cursos e seminários de aperfeiçoamento intra e extra Susepe e palestras e aulas ministradas pela Escola do Serviço Penitenciário (ESP) e por outras instituições.
A PESM conta com um coordenador que atua, diariamente, nas atividades do canil e cerca de dez servidores formados na área de cinotecnia, capacitados a operar com os cães, nos treinamentos, auxiliando nas tarefas diárias de alimentação e remanejo, bem como participando de operações do Grupo de Intervenção Regional (GIR) em todos os presídios da Região.
O Delegado Penitenciário Regional da 2ª DPR, Anderson Prochnow, destaca a importância do canil da PESM no emprego diário no interior da Penitenciária bem como nas missões do GIR-2: “Diariamente, estes cães reforçam a segurança do estabelecimento e, quando o GIR-2 é acionado, temos servidores habilitados que compõem o nosso grupo de intervenção.

O GIR conduz para as mais diferentes missões, atuando inclusive em demandas em outras regiões do Estado“ , explica. "Investir e qualificar o canil deve ser o foco de todos os delegados penitenciários que contam com este importante instrumento de apoio à segurança”, complementa Prochnow. Já para Chamorra, dedicação, persistência e profissionalismo definem o fundamental na relação e na atuação do Binômio ( Homem e Cão).