Segunda edição da série Cães no Sistema Prisional aborda trabalhos dos agentes da 8ª Delegacia Penitenciária Regional
Binômio homem-cão dá sustentação ao trabalho de segurança nas instituições penitenciárias
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A segunda edição da série "Cães no Sistema Prisional" apresenta o trabalho de Diogo Blaszak, responsável técnico pelo cão de intervenção do Grupo de Intervenção Regonal (GIR) da 8ª Região e do agente penitenciário Hugo Gomes, do Presídio Regional de Santa Cruz. "A vida do cachorreiro é bem difícil. O trabalho é muito pesado, com uma rotina bastante cansativa. Em razão disto, a união de quem atua nessa área precisa ser grande. Só assim foi possível conseguir o empréstimo de uma cadela de faro, vinda da guarda municipal de Uruguaiana, com a função de farejo de entorpecentes e de celular, que foi utilizada no Presídio de Lajeado, obtendo êxito ao encontrar materiais ilícitos", explicou Diogo.

"Inspirado no trabalho dos agentes penitenciários Chamorra (Santa Maria) e Luiz Patrício (PASC), fiz minha habilitação no Estágio Básico de Cinotecnia da Aeronáutica, na Base Aérea de Santa Maria. À época, estava lotado no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, quando foi iniciado um trabalho junto ao Canil Regional de Santa Cruz do Sul", lembrou. As demais casas prisionais podem contar com o trabalho do cão de intervenção, "desde que o agente tenha habilitação em cinotecnia, como por exemplo a Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (PEVA). Para tanto, o pedido deve ser requerido por meio de ofício à 8ª DPR, e a dose de ração necessária também será disponibilizada", completou Diogo.
Já em locais em que não existe agente habilitado, podem requerer a atuação do binômio (homem + cão) para uma revista pontual, previamente agendada, gerando, assim, resultado na questão disciplinar, que dispensará o uso de efetivo maior, tão pouco a utilização do GIR, por se tratar de uma ação de baixa complexidade.
"Rufus"
Para Hugo, trabalhar com cães é uma espécie de terapia. "Poder condicioná-los e utilizá-los no ambiente de trabalho é uma satisfação pessoal imensa. Pois aqueles que mais nos ensinam sobre humanidade nem sempre são os humanos", disse. A 8ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR) possui um cão de intervenção chamado Rufus. Trata-se de um Pastor Belga de Malinois, de 9 anos de idade, que está prestes a se aposentar. Seu sucessor já está em treinamento para substituí-lo. Apollo é um cão da mesma raça de Rufus e já demonstra boa aptidão para o serviço. Hugo disse que procura se qualificar, participando de cursos, seminários e workshops, onde aprende bastante. Ele também possui formação em cinotécnico pelo 3º Batalhão de Polícia do Exército (BPE).

"O cão Rufus ainda atua pelo GIR da 8ª, fazendo segurança em extração de cela, assim como atuação de entrada dos presos no pátio para revista geral e a saída", conta Diogo. Durante operações, também atua junto à linha de agentes e, quando necessário, avança para extrair algum interno que porventura tenha cometido algum ato de indisciplina.
Dentro de pouco tempo a 8ª DPR também contará com um cão de faro da raça Malinois, a cadela Dara que está sendo treinada pelo agente Hugo Gomes. "O cão une a região inteira, e diminui custos", frisou. O cão de intervenção do Canil do Presídio Regional de Santa Cruz atua não só na rotina diária do presídio, como na na abertura e fechamento do estabelecimento prisional, revistas pontuais de cela, extração, quando necessário, ou apenas segurança.
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