RS participa de operação nacional contra o crime organizado nos presídios
Ação aconteceu simultaneamente em todo o país
Publicação:

Foi encerrada nesta sexta-feira (4/7) a oitava etapa da Operação Mute no Rio Grande do Sul. A Polícia Penal gaúcha, coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, integrou, entre os dias 30 de junho a 4 de julho, a maior mobilização simultânea de revista em celas e pavilhões em presídios do país. O objetivo é coibir a comunicação ilícita de dentro das unidades prisionais.
No Estado, as ações aconteceram na Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro (30/6), no Presídio Estadual de Porto Alegre (1/7), na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (2/7), na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (3/7) e na Penitenciária Modulada Estadual de Osório (4/7), com o envolvimento de 516 servidores das unidades prisionais, dos Grupos de Intervenção Rápida, do Grupo de Ações Especiais, do Departamento de Segurança e Execução Penal, do Departamento de Inteligência Penitenciária, e dos canis. Participaram também policiais penais federais e, com suporte técnico, a Polícia Rodoviária Federal.
Para o secretário de Sistema Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, o Estado tem agido de forma firme e eficiente na preservação da ordem, da disciplina e da segurança. “O que acontece dentro dos muros dos presídios afeta quem está do lado de fora. Temos atuado com destreza no combate ao crime organizado, intensificando ações de segurança e investindo no aparelhamento das instituições que são fundamentais para essa engrenagem funcionar”, reforça.
Durante os cinco dias de operação, foram movimentados 1.569 presos e apreendidos 347 aparelhos celulares, 162 carregadores, 187 chips, entre outros ilícitos.
A atuação da Polícia Penal na oitava fase da Operação Mute, ressalta o superintendente Sérgio Dalcol, comprova o empenho da instituição para garantir a segurança no sistema prisional gaúcho e contribuir com a redução dos índices de criminalidade. “O Rio Grande do Sul atua de forma integrada e articulada com o sistema prisional brasileiro no enfrentamento às organizações criminosas. A participação em mais uma Mute também demonstra a qualidade dos nossos servidores e das nossas equipes táticas”, concluiu Dalcol.
Histórico das etapas anteriores
A primeira fase da Operação Mute ocorreu entre 16 e 27 de outubro de 2023 e resultou na apreensão, em todo o país, de 1.166 aparelhos celulares. As operações foram realizadas em 68 unidades prisionais de 26 estados. Ao todo, 55.919 pessoas privadas de liberdade foram revistadas.
Na segunda fase, de 11 a 15 de dezembro de 2023, houve a apreensão de 1.294 aparelhos celulares. A operação ocorreu em 114 estabelecimentos de 26 estados e do Distrito Federal, totalizando 75.672 apenados revistados.
Na terceira, de 31 de janeiro a 2 de fevereiro de 2024, foram apreendidos 631 aparelhos em 87 estabelecimentos prisionais de 27 unidades federativas. A quarta etapa foi realizada no período de 24 a 26 de abril, resultando na apreensão de 684 celulares em 102 penitenciárias de 26 estados.
A quinta fase, entre 24 e 26 de julho, apreendeu 982 celulares em 115 estabelecimentos prisionais de 27 unidades federativas. Contou com a participação de 3.463 policiais penais estaduais e federais, que revistaram 3.067 celas. A sexta etapa, entre 20 e 27 de novembro de 2024, revistou 3.263 celas e apreendeu 623 celulares em 105 unidades prisionais de todo o país.
Na sétima fase, ocorrida em março de 2025, foram apreendidos aproximadamente 224 celulares, 70 chips, 112 carregadores e outros materiais. Ao todo, 136 celas foram revistadas e 1.080 apenados foram movimentados.
Texto: Ascom Polícia Penal e Ascom SSPS